terça-feira, 15 de setembro de 2015

A QUESTÃO QUE A CHUVA TRAZ


A Chuva cai na vasta sensação
De um tudo e nada que só devastado
Escorrendo p´la seca solidão
E entre tormento falso resvalado

Cai tão gelada e tépida sem vão
Entrelaçando o amor revigorado
Em leves pensamentos ilusão?
Doces sarcasmos desse acaso fado

Tilinta em mais chapadas tão frenéticas
No apaziguar de chamas apoplécticas 
A dúvida de um rumo que chegou

Na intensa sensatez que se administra
Nos vales sossegados ela listra
Movendo tudo o que o verão secou

terça-feira, 15 de setembro de 2015

António Botelho

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