sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A loucura roubou-me da Poesia – mas, antes da poesia do que dos milagres!


Sinto-me inspirado! E se a inspiração não me falha, devo escrever sempre que me sentir de tal modo! Mas… que raio!, como posso escrever sempre que me sentir inspirado se, no final de contas, estou sempre inspirado? Porra!, não poderia ter uma vida normal se escrevesse sempre que estivesse com essa maluca da criatividade em elevado grau na minha tola!
Um dia percebi que quando escrevo, estou sempre a falar para a poesia, mas ela nunca me responde, o que, por isto, me posso considerar como louco?! – é, acho que sim, pelo menos considero-me algo! E se a poesia falasse comigo? Tal como acontece com Deus! Se ele nos responde é porque é milagre! Se a poesia tivesse um diálogo comigo seria um milagre? Ah, não… Talvez continuasse a ser loucura na mesma, pois os milagres só acontecem quando se é religioso e o acontecimento se dá num dia de chuva e o Sol aparece – quer dizer, nossa senhora de Fátima é que aparece, peço desculpa! (a minha avó chamar-me-ia de herege, aliás, ela já me chama, mas não faz mais que a sua obrigação, assim ela torna-se mais amiga de Deus e tenho uma cunha para quando morrer). No entanto, acho que prefiro ser louco do que levar/sofrer com milagres, pois assim, tenho a conversa que quero, e para ouvir opiniões, já as ouço todos os dias! A loucura roubou-me da poesia – mas, antes da poesia do que dos milagres! Isso de milagres é areia a mais para os meus olhos!

Coimbra - 02:10h - 18 de Novembro de 2011
O Louco de Hoje

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